Filosofando na Era Digital – Estamos Todos Conectados

Como sair do fundo do poço e acender sua luz em um mundo de comparações e cobranças.

Não sei se o que vou compartilhar aqui tem a ver com o seu momento atual, mas uma coisa é certa: todos nós, em algum ponto da vida, já precisamos sair do fundo do poço. Não importa se ele era fundo ou raso – o poço existe, e, se não tomarmos cuidado, sempre corremos o risco de tropeçar e cair nele de novo.

Parece até obra de Arthur Schopenhauer, filósofo conhecido pelo seu pessimismo. Mas, ao contrário dele, que viveu no século XVIII, nós estamos na era da cobrança excessiva, do excesso de informação e, pior ainda, da comparação constante. Com tantas vidas "perfeitas" aparecendo nas redes sociais, a nossa realidade vira uma busca sem fim pelo que é bonito, pleno e socialmente aceitável.

E sabe o que é pior? Esses tropeços que nos levam para o fundo do poço estão por toda parte:

• Comidas gostosas (mas que viram consolo emocional);

• Redes sociais (que alimentam a comparação);

• Bebidas em excesso (aquela válvula de escape);

• Ambientes e pessoas tóxicas (que só nos puxam para baixo).

Já caí nesse poço algumas vezes. E, em alguns momentos, a subida parece tão cansativa que a gente prefere ficar quietinho lá embaixo, escondido, só pra não tomar mais pancadas da vida. É como se administrar as dores que já existem fosse mais fácil do que arriscar novas feridas.

A gente se esconde atrás de um chocolate, de um "só hoje eu mereço". Mas, no fim, essa falta de coragem ou inacessibilidade nos impede de ver o que há de verdadeiramente belo na vida.

A Coragem de Acender a Luz

Brené Brown, autora de A Coragem de Ser Imperfeito, diz uma coisa que me marcou:

"Grande parte da beleza da luz se deve à existência das trevas."

Ou seja: muitas vezes a nossa luz só é vista quando há escuridão. Mas aqui está o problema: não temos um interruptor pra ligar e desligar essa luz quando bem entendemos. Ou ela está acesa, ou não está. E, uma vez acesa, apagá-la não deveria ser uma opção.

Mas Como Acendemos Essa Luz?

Já sabemos bem o caminho que nos leva para a sombra. Mas e o caminho da luz? Como acessá-lo?

Pra mim, um ambiente luminoso é aquele onde sentimos paz e leveza. Já experimentou isso? Eu já, e te garanto: não há sensação melhor no mundo. É como estar dentro de uma bolha protetora, onde nada de ruim consegue entrar. Qual a sensação que você teve?

E pra falar de luz, virtude e empatia, nada melhor do que os filósofos estóicos, como Marco Aurélio (e seu livro Meditações). Eu me identifico muito com essa filosofia – e também com os ensinamentos de Jesus. Ambos deixaram bem claro o caminho que nos levará até a luz, passo a passo até podermos transcender.

O Que Isso Tudo Significa?

A reflexão que trago hoje é: somos seres imperfeitos vivendo uma experiência humana. Não precisamos (e nem devemos) nos comparar ou nos cobrar tanto. Cada um tem seu tempo, sua história, seus tropeços.

Mas uma coisa é certa: fugir ou se esconder não vai acender a sua luz. Se queremos paz, plenitude e felicidade real (e não só a momentânea), precisamos ter coragem de começar a mudança agora.

A subida pode ser difícil, mas a vista lá de cima vale cada passo.

Eu, Letícia, decidi não me esconder mais. Escolhi acender minha luz – e, se você quiser, posso te ajudar a acender a sua ou permitir que sua luz me acenda.

Afinal, estamos todos conectados. Não só pelo digital, mas principalmente pelo astral.

"A vida não é sobre o quão forte você bate, mas sobre o quão forte você apanha e continua seguindo em frente." (Rocky Balboa, em "Rocky: Um Lutador", 1976)

Beijos de luz,

Letícia Bastos

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